À ESQUERDA DA ESQUERDA
Documentos para a História de uma Revolução
Inaugura dia 17 de Abril às 22h na Galeria Zé dos Bois
Concerto com JP Simões às 23h
De 18 de Abril a 2 de Maio 4ª a Sábado das 14h às 23h
24 de Abril às 17h - Apresentação do livro ‘A guerra dos cartazes’ de José Gualberto Freitas
27 de Abril das 17h às 20h conferência/debate: ‘Começar a Revolução’
2 de Maio das 14h às 17h conferência/debate:
‘Esquerda e Direita’ hoje: ideologia e prática’
À ESQUERDA DA ESQUERDA
Documentos para História de uma Revolução
Entre 18 de Abril e 2 de Maio, a Galeria Zé dos Bois em colaboração com a LembrAbril,
apresenta um núcleo documental que percorre organizações politizadas, informais e
partidárias, emergentes das movimentações revolucionárias que inauguraram a democracia
portuguesa. Esta mostra inédita e diferenciada, por se focar no quadro ideológico da
extrema-esquerda, reúne material iconográfico original produzido pelas diferentes forças
políticas no momento máximo da sua proliferação. A exposição que pretende contribuir a uma
diferenciação ideológica dessas forças sociais mostra, por um lado, jornais, panfletos e
cartazes, por outro, fotografias capturadas por José Marques documentando inscrições murais
anónimas e ainda, ‘Revolução’, um filme paradigmático realizado em 1975 por Ana Hatherly
que reforça, desde um ponto de vista artístico, o sentido de urgência e vontade colectiva de
posicionamento político.
Para além do material original apresentado que se constitui como uma resenha incompleta,
optou-se pelo recurso a estratégias de revisitação desta imagética que recuperam o seu
sentido efémero. Como tal, as paredes da galeria cobrem-se de pinturas que reproduzem
cartazes em tamanho ampliado; de palavras de ordem grafitadas; e de três intervenções
murais de grande escala.
Em suma, reuniu-se um conjunto de objectos, no intuito de melhor definir um discurso em
torno de organismos partidários e forças políticas, que hoje confundimos com a intensidade das suas propostas.
OBRAS em EXPOSIÇÃO:
Os cartazes apresentados ou representados pertenceram às seguintes organizações:
AOC; PRP - BR; FEC ml; FUR; GDUP; Grito do Povo; LCI prt; LUAR; MES; MRPP; OCMLP; ORPC
ml; OUT; PCP ml; PCP R; PUP; UDP; UJECML; JC ml; GAAFs; MPAC; Associação da Amizade
Portugal - China; FEML; UMC; O Tempo e o Modo; Spartacus.
Partindo do conjunto de fotografias do livro ‘Paredes em Liberdade’, recolhidas entre Abril e
Maio de ’74, nas quais José Marques retrata palavras de ordem, exigências e provocações,
inscritas de forma anónima pelas paredes de Lisboa, apresentamos uma edição fac-similada
de 18 postais representativos não apenas da publicação, como do clima de liberdade
discursiva individual característica desse período.
O filme ‘Revolução’ (1975), simultaneamente objecto artístico e documental, de Ana
Hatherly, no qual se fixa o sentido de urgência e da disseminação generalizada do discurso
social e político, após o 25 de Abril, e, sobretudo, da sobreposição da expressão popular num
momento central da política portuguesa.
Reconhecendo o papel fundamental do mural, no âmbito da comunicação político-partidária,
foi proposto a António Alves (que participou da concepção e execução de diversos murais
partidários) e ao artista RIGO (que detém uma produção muralista ímpar), uma composição
na parede lateral exterior do edifício da ZDB, na linha dos grandes murais populares e
maoístas.
Neste sentido, recuperou-se ainda o mural de entrada da ZDB, concebido pelo designer
António Gomes para a comemoração do 25º aniversário da Revolução de Abril. Este mural, que
durante cinco anos esteve coberto, apresenta uma re-interpretação contemporânea do
célebre cartaz de Abel Manta, ‘MFA - Sentinela do Povo’ (1975).
Apresenta-se também um Organograma inédito que, partindo de um centro ideológico
radicado no comunismo, explicita as filiações e ramificações de grupos informais,
organizações e partidos mais à esquerda do PCP.
Se os cartazes originais e as reproduções, feitas propositadamente para a mostra, constituem
um núcleo gráfico institucional de diversas organizações políticas, inestimável para a reflexão
em torno da evolução político-social decorrente do processo revolucionário de Abril;
pretende-se que as fotografias e o filme, bem como os murais, funcionem como um
contraponto: permeando uma amplitude discursiva francamente diversificada, onde se
reflecte a reivindicação da necessidade absoluta de expressão de cada indivíduo, anónimo,
reprimida durante quatro décadas.
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PROGRAMA
Conferências e lançamento do livro ‘A Guerra dos Cartazes’
Integrando ainda esta programação, terá lugar, dia 24, na Galeria Zé dos Bois, o lançamento
do livro ‘A Guerra dos Cartazes’, de José Gualberto Freitas, com a presença de Nuno Pacheco.
No dia 27 de Abril haverá uma conferência/debate, intitulada ‘Começar a Revolução’, no qual
se abrirá à discussão aspectos concretos da luta contra fascismo em Portugal antes de 1974,
com Alberto Martins, José Lamego e José Machado. Moderado pelo jornalista Victor Ferreira.
No dia 2 de Maio, a encerrar a exposição, realiza-se uma conferência/debate que procura
destrinçar o sentido actual do posicionamento ideológico na política portuguesa, ‘ Esquerda e
Direita: ideologia e prática hoje’, com a participação de José Manuel Lopes Cordeiro, Celso
Cruzeiro e José Pacheco Pereira. Moderado pelo jornalista Rui Tavares.
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Proposta pela ZDB, esta exposição coordenada por Natxo Checa e Paulo Queiroz foi concebida
em conjunto com Francisco Madeira Luís, José Gualberto Freitas e António Alves.
O material desta mostra foi gentilmente cedido por José Gualberto Freitas, Centro de Estudos
Operários - Memória Laboral, Arquivo Ernesto de Sousa, Paulo Lacerda Marques, Ana Hatherly,
Livraria Letra Livre e Fernando Felgueiras.
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De 18 de Abril a 2 de Maio.
De 4ª a Sábado das 14h às 23h
Galeria Zé dos Bois
Rua da Barroca nº 59
1200-047 Lisboa
213 430 205
Documentos para a História de uma Revolução
Inaugura dia 17 de Abril às 22h na Galeria Zé dos Bois
Concerto com JP Simões às 23h
De 18 de Abril a 2 de Maio 4ª a Sábado das 14h às 23h
24 de Abril às 17h - Apresentação do livro ‘A guerra dos cartazes’ de José Gualberto Freitas
27 de Abril das 17h às 20h conferência/debate: ‘Começar a Revolução’
2 de Maio das 14h às 17h conferência/debate:
‘Esquerda e Direita’ hoje: ideologia e prática’
À ESQUERDA DA ESQUERDA
Documentos para História de uma Revolução
Entre 18 de Abril e 2 de Maio, a Galeria Zé dos Bois em colaboração com a LembrAbril,
apresenta um núcleo documental que percorre organizações politizadas, informais e
partidárias, emergentes das movimentações revolucionárias que inauguraram a democracia
portuguesa. Esta mostra inédita e diferenciada, por se focar no quadro ideológico da
extrema-esquerda, reúne material iconográfico original produzido pelas diferentes forças
políticas no momento máximo da sua proliferação. A exposição que pretende contribuir a uma
diferenciação ideológica dessas forças sociais mostra, por um lado, jornais, panfletos e
cartazes, por outro, fotografias capturadas por José Marques documentando inscrições murais
anónimas e ainda, ‘Revolução’, um filme paradigmático realizado em 1975 por Ana Hatherly
que reforça, desde um ponto de vista artístico, o sentido de urgência e vontade colectiva de
posicionamento político.
Para além do material original apresentado que se constitui como uma resenha incompleta,
optou-se pelo recurso a estratégias de revisitação desta imagética que recuperam o seu
sentido efémero. Como tal, as paredes da galeria cobrem-se de pinturas que reproduzem
cartazes em tamanho ampliado; de palavras de ordem grafitadas; e de três intervenções
murais de grande escala.
Em suma, reuniu-se um conjunto de objectos, no intuito de melhor definir um discurso em
torno de organismos partidários e forças políticas, que hoje confundimos com a intensidade das suas propostas.
OBRAS em EXPOSIÇÃO:
Os cartazes apresentados ou representados pertenceram às seguintes organizações:
AOC; PRP - BR; FEC ml; FUR; GDUP; Grito do Povo; LCI prt; LUAR; MES; MRPP; OCMLP; ORPC
ml; OUT; PCP ml; PCP R; PUP; UDP; UJECML; JC ml; GAAFs; MPAC; Associação da Amizade
Portugal - China; FEML; UMC; O Tempo e o Modo; Spartacus.
Partindo do conjunto de fotografias do livro ‘Paredes em Liberdade’, recolhidas entre Abril e
Maio de ’74, nas quais José Marques retrata palavras de ordem, exigências e provocações,
inscritas de forma anónima pelas paredes de Lisboa, apresentamos uma edição fac-similada
de 18 postais representativos não apenas da publicação, como do clima de liberdade
discursiva individual característica desse período.
O filme ‘Revolução’ (1975), simultaneamente objecto artístico e documental, de Ana
Hatherly, no qual se fixa o sentido de urgência e da disseminação generalizada do discurso
social e político, após o 25 de Abril, e, sobretudo, da sobreposição da expressão popular num
momento central da política portuguesa.
Reconhecendo o papel fundamental do mural, no âmbito da comunicação político-partidária,
foi proposto a António Alves (que participou da concepção e execução de diversos murais
partidários) e ao artista RIGO (que detém uma produção muralista ímpar), uma composição
na parede lateral exterior do edifício da ZDB, na linha dos grandes murais populares e
maoístas.
Neste sentido, recuperou-se ainda o mural de entrada da ZDB, concebido pelo designer
António Gomes para a comemoração do 25º aniversário da Revolução de Abril. Este mural, que
durante cinco anos esteve coberto, apresenta uma re-interpretação contemporânea do
célebre cartaz de Abel Manta, ‘MFA - Sentinela do Povo’ (1975).
Apresenta-se também um Organograma inédito que, partindo de um centro ideológico
radicado no comunismo, explicita as filiações e ramificações de grupos informais,
organizações e partidos mais à esquerda do PCP.
Se os cartazes originais e as reproduções, feitas propositadamente para a mostra, constituem
um núcleo gráfico institucional de diversas organizações políticas, inestimável para a reflexão
em torno da evolução político-social decorrente do processo revolucionário de Abril;
pretende-se que as fotografias e o filme, bem como os murais, funcionem como um
contraponto: permeando uma amplitude discursiva francamente diversificada, onde se
reflecte a reivindicação da necessidade absoluta de expressão de cada indivíduo, anónimo,
reprimida durante quatro décadas.
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PROGRAMA
Conferências e lançamento do livro ‘A Guerra dos Cartazes’
Integrando ainda esta programação, terá lugar, dia 24, na Galeria Zé dos Bois, o lançamento
do livro ‘A Guerra dos Cartazes’, de José Gualberto Freitas, com a presença de Nuno Pacheco.
No dia 27 de Abril haverá uma conferência/debate, intitulada ‘Começar a Revolução’, no qual
se abrirá à discussão aspectos concretos da luta contra fascismo em Portugal antes de 1974,
com Alberto Martins, José Lamego e José Machado. Moderado pelo jornalista Victor Ferreira.
No dia 2 de Maio, a encerrar a exposição, realiza-se uma conferência/debate que procura
destrinçar o sentido actual do posicionamento ideológico na política portuguesa, ‘ Esquerda e
Direita: ideologia e prática hoje’, com a participação de José Manuel Lopes Cordeiro, Celso
Cruzeiro e José Pacheco Pereira. Moderado pelo jornalista Rui Tavares.
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Proposta pela ZDB, esta exposição coordenada por Natxo Checa e Paulo Queiroz foi concebida
em conjunto com Francisco Madeira Luís, José Gualberto Freitas e António Alves.
O material desta mostra foi gentilmente cedido por José Gualberto Freitas, Centro de Estudos
Operários - Memória Laboral, Arquivo Ernesto de Sousa, Paulo Lacerda Marques, Ana Hatherly,
Livraria Letra Livre e Fernando Felgueiras.
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De 18 de Abril a 2 de Maio.
De 4ª a Sábado das 14h às 23h
Galeria Zé dos Bois
Rua da Barroca nº 59
1200-047 Lisboa
213 430 205
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A “Lembrabril” é um novo projecto editorial que se irá dedicar preferencialmente à produção de materiais relacionados com a Revolução de 25 de Abril de 1974, assim como de outras lutas sociais que existiram quer antes quer após a Revolução dos Cravos.
Fundada em Março deste ano tem como suas primeiras actividades públicas a edição do livro “A Guerra dos Cartazes” distribuído pela empresa “PÚBLICO” – Comunicação Social SA.
“A Guerra dos Cartazes” é constituído por um conjunto de aproximadamente 300 imagens reproduzindo cartazes e autocolantes do período histórico de 1974 e anos seguintes, bem como de um glossário sobre a maioria das organizações representadas nos cartazes que é um trabalho inédito do Professor Doutor José Manuel Lopes Cordeiro.
Em simultâneo e em parceria com a Galeria “Zedosbois” organizou um conjunto de actividades a decorrer naquela Galeria entre os dias 17 de Abril e 2 de Maio.
Dentro destas actividades destacamos os debates e a apresentação do livro assim como as diversas exposições bem como as restantes actividades culturais.
A “Lembrabril” tem ainda à sua disposição um vasto conjunto de documentação compostos por alguns milhares de documentos datados de 1958 até ao inicio dos anos 80 de que fazem parte panfletos, jornais, autocolantes e cartazes entre outra documentação que está neste momento a ter um tratamento digital para poder ser apresentado, permitindo assim que quer curiosos, estudantes ou investigadores que se queiram debruçar sobre esse período da nossa história recente possam ter à sua disposição as fontes documentais que permitam ajudar a compreender esse período histórico.